Simpósios Temáticos

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ST-01: ENTRE HISTÓRIA E LITERATURA: INTELECTUAL, SOCIABILIDADE E CIRCULARIDADE
Prof.ª Dr.ª Ana Cristina Meneses de Sousa (UESPI)

Resumo: Esse Simpósio tem como objetivo principal refletir sobre os vários percursos intelectuais que se aliavam entre as experiências escritas da história e da literatura. A intenção é socializar pesquisas e escritas que pretendam analisar as várias representações intelectuais no tempo, principalmente entre os séculos XX e XXI. Nesse sentido, serão aceitos trabalhos que pensam a construção dos espaços de poder e saber que perpassam a construção da intelectualidade como: institutos, universidades, museus, bibliotecas, arquivos, academias e outros. Além dessas questões é importante analisar sobre os principais meios de circulação dessas ideias e das relações de sociabilidade ou não: revistas, jornais, anais, folhetins, livros, etc., além de refletir sobre a importância das várias formas de escrita que se articulam entre história e literatura:  ensaios, crônicas, escrita de si, memórias, biografias e autobiografias.
Palavras-chaves: História. Literatura. Intelectuais.
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ST-02: BIOÉTICA SOCIAL E BIODIREITO: fundamentos para definição de políticas públicas na América Latina
Prof.ª Dr.ª Antônia Valtéria Melo Alvarenga (UESPI)
Prof. Me. Felipe da Cunha Lopes (UESPI)

Resumo: É cada vez mais presente no discurso bioético, o entendimento que a vida sofre reflexos de uma permanente correlação entre o biológico individual de caráter hereditário e o ambiente ecológico-social. Com isso tem tornado-se inegável a importância da dimensão socioambiental para a saúde e para a doença, especialmente porque o individuo moderno vive sob crescente pressão social, sendo, também, fortemente afetado pelos efeitos do desenvolvimento tecnológico e industrial ao meio ambiente.  Seguindo essa linha de pensamento, o bioeticista Volnei Garrafa (2005) defende que os debates sobre esses aspectos da sociedade moderna produziram a necessidade da Bioética, enquanto área da ciência voltada para a vida de forma geral[1], incorporar ao seu campo de reflexão e ação aplicada, questões de natureza sócio-políticas, a exemplo das grandes desigualdades sociais e econômicas que caracterizam sociedades modernas, das questões de gênero, etnia, formas de discriminação e racismo, além dos recorrentes e emergentes temas da área médica. Assim, por sua natureza interdisciplinar e por estudar a ética nas diferentes situações de vida, a Bioética vem ampliando seu campo de influência teórica e prática, do exclusivo âmbito biomédico/biotecnológico até o campo ambiental e da bioética social. Para o referido autor, o reconhecimento do pluralismo e do multiculturalismo nas sociedades recentes exige que temas como os  citados passem a assumir importância fundamental nas discussões sobre saúde pública de aplicabilidade   imediata e nas destinadas ao bem estar futuro das pessoas individuais e dos coletivos humanos, especialmente no que diz respeito “à responsabilidade social do Estado; à definição de prioridades para a alocação e distribuição de recursos; ao gerenciamento do sistema; ao envolvimento organizado e responsável da população em todo o processo [...]” ( GARRAFA, s/d,p.9). Com objetivo de analisar os efeitos das ameaças produzidas pelo avanço tecnológico e pelo desenvolvimento desenfreado sobre a humanidade, é que se propõe discutir como vêm se constituindo a(s) ética(s) da civilização biotecnológica, em relação à dignidade da pessoa humana, aos valores coletivos e, em especial, como o biopoder e as novas técnicas biomédicas e farmacológicas, que no mundo contemporâneo produzem enorme repercussão social, trazendo problemas de difícil solução em razão do seu caráter polêmico, estão sendo tratados pelo Biodireito.
Palavras-chave: Bioética. Biodireito. Políticas Públicas.

[1] Maria Helena Diniz (2014, p.36) defende que a bioética deve ser entendida como um conjunto de reflexões filosóficas e morais sobre a vida de forma geral, e sobre as práticas médicas de modo particular.  Para tanto abarcaria pesquisas multidisciplinares, envolvendo-se na área antropológica, filosófica, teológica, sociológica, genética, médica, biológica, psicológica, ecológica, jurídica, política, etc.



ST-03: COERÇÃO E RESISTÊNCIA EM REGIMES REPRESSIVOS NO BRASIL
Prof. Me. José de Arimatéa Freitas Aguiar Júnior (CEAD-UFPI)
Prof.ª Ma. Mayra Izaura de Moura (UESPI)

Resumo: A história do Brasil republicano é marcada por momentos de golpes de Estado que assinalaram momentos de ruptura democrática e de repressão aos direitos da população. Essas experiências ditatoriais, como a Estado Novo e o Regime Militar, provocaram mudanças no cotidiano do país e deixaram marcas profundas na sociedade brasileira. No tocante a complexidade dos regimes repressivos, Marcos Napolitano (2015) nos adverte para a mobilização dos variados tipos e graus de tutela autoritária sobre o corpo político e social, articulando um grande aparato burocrático para institucionalizar-se, aliado à violência policial mais direta. Este Simpósio Temático visa reunir pesquisadores que se debruçam sobre as experiências ditatoriais no Brasil republicano, especialmente as pesquisas que contemplem as formas de controle do Estado, a construção de memórias, os esquecimentos, às memórias dos marginalizados, os traumas do período, as múltiplas formas de expressões e resistências da sociedade, que passam pela imprensa alternativa, música, teatro, cinema, livros de memórias e depoimentos de contemporâneos dos regimes repressivos. É interessante destacar que o simpósio também será um espaço para reunir trabalhos relacionados ao ensino de história relacionado aos períodos ditatoriais, por entendermos que é uma discussão frequente nas escolas da Educação Básica, seja por meio de aulas, oficinas ou projetos interdisciplinares. Enfim, o Simpósio Temático almeja se tornar um espaço produtivo de debates e que incentive a investigação das múltiplas possibilidades acerca dos regimes ditatoriais no Brasil.
Palavras-chave: Regimes repressivos. Resistência. Brasil republicano.



ST-04: HISTÓRIA, IDENTIDADES DE GÊNERO E DIREITOS HUMANOS
Prof.ª Drª. Joseanne Zingleara Soares Marinho (UESPI)
Prof.ª Ma. Ângela Maria Macedo de Oliveira (UESPI)

Resumo: O campo dos estudos sobre Gênero tem se constituído a partir de um número crescente de estudos na área da História. A perspectiva indica uma rejeição ao determinismo biológico e estabelecimento de valorização das construções culturais, enfatizando, ainda, o fato de que mulheres e homens devem ser definidos em termos recíprocos, não podendo compreender essas categorias através de um estudo totalmente dissociado, pois é no arranjo das relações sociais que se constroem as identidades (LOURO, 2004). Nesse sentido é que se deve “[...] examinar as formas pelas quais as identidades generificadas são substantivamente construídas e relacionar seus achados com toda uma série de atividades, de organizações e representações sociais historicamente específicas”. (SCOTT, 1995, p .88) A produção com temáticas diversificadas que são verificadas no campo de Gênero, articulam múltiplas feminilidades e masculinidades, inseridas em espaços e tempos históricos distintos, sendo que a sua vinculação com a área de Direitos Humanos tem adquirido crescente relevância nos estudos acadêmicos. Ao se identificar situações ocorridas nas mais diversas sociedades, que tem fundamento na desigual valoração frequentemente ocorrida por causa do Gênero, percebe-se como a discussão necessita ser operacionalizada em ações concretas que busquem analisar as realidades violadoras de direitos, fornecendo bases para ações transformadoras (TELES, 2006). Dessa forma, esse Simpósio Temático objetiva discutir a relação existente entre História, Gênero e Direitos Humanos, sejam em atividades de pesquisa e/ou de extensão universitária que ajudem a construir um espaço propício ao exercício da valorização da diversidade das identidades de Gênero, da consciência crítica, da formação cidadã e histórica no âmbito dos Direitos Humanos, frequentemente vinculados a temas como: Ensino de História, História da educação, violências de Gênero, saúde, corpo e sexualidade.
Palavras-chave: História. Questões de Gênero. Direitos Humanos.



ST-05: MUNDOS DO TRABALHO: HISTÓRIA DA POBREZA, MEMÓRIA E MOVIMENTOS POPULARES
Prof.ª Dr.ª Cristiana Costa da Rocha (UESPI)
Prof.ª Ma.ª Lia Monnielli Feitosa Costa (SEDUC-PI)

Resumo:  No âmbito da História Social, objetivamos entrever nas experiências de homens e mulheres temas relacionados à subalternidade estrutural que configuram suas vidas cotidianas, no campo e na cidade, instituindo práticas culturais e sociais diversas, bem como práticas de  resistências nas suas diferentes formas,  e que não se descolam de outros temas comumente segregados pela historiografia, como trabalhos sobre migração e memória. Este simpósio, aberto ao diálogo e confronto com estudos antropológicos e sociológicos, intenta perscrutar estudos de temporalidades diversas, tendo em vista o próprio leque de possibilidades contemplados pela história social da pobreza. Priorizamos também diálogos e embates entre a história e a memória, especialmente, através da incursão pela metodologia da História Oral, elemento-chave para o entendimento subjetivo na historiografia, e que adquire peso importante nos estudos sobre grupos dominados.
Palavras-chave: Trabalho. Movimentos Populares. Pobreza. Memória.



ST-06: ENTRE PESQUISA E ESCRITA: HISTÓRIA, NARRATIVAS E MEMÓRIAS
Prof. Dr. Pedro Pio Fontineles Filho (UESPI)

Resumo: o presente simpósio temático tem o objetivo de oportunizar espaço para debates e reflexões acerca da multiplicidade do campo disciplinar da História, no que tange às aproximações entre história, memória e narrativas. Paul Veyne afirma que a história “é, antes de tudo, um relato e o que se denomina explicação não é mais que a maneira de a narração se organizar em uma trama compreensível” (VEYNE, 1998, p. 67). De maneira semelhante, Hayden White destacou “as formas estruturais profundas da imaginação histórica” (WHITE, 1992, p. 09), que compõem o campo narrativo da História. Além disso, Michel de Certeau enfatizou que “o discurso histórico pretende dar um conteúdo verdadeiro (que vem da verificabilidade), mas sob forma de uma narração” (CERTEAU, 2011, p. 110). Essas propostas devem ser percebidas no seio das transformações do campo historiográfico, que se processaram, em larga medida, na virada da década de 1960 e princípios da de 1970. Deram impulso para o desenvolvimento de uma História Cultural ou da tendência que se convencionaria chamar de Nova História Cultural. Entendida como essa narração que busca a verificabilidade, a História começa a perceber que a própria memória deve ser compreendida em sua pluralidade, visto que são diferentes os lugares de onde e para onde cada memória é construída, pois “a memória é acima de tudo, uma reconstrução continuamente atualizada do passado, mais do que uma reconstituição fiel do mesmo” (CANDAU, 2011, p. 09). É fulcral que se percebam as diferentes instâncias entre a lembrança e o esquecimento, como destaca Paul Ricoeur (2012) e que a capacidade mnemônica, como adverte Henri Bergson (2006) é que permite a consciência de passagem de tempo. Por esse diapasão, trabalhos que versem sobre as narrativas e memórias (re) criadas no âmbito dos espaços da cidade, bem como aquelas oriundas das dimensões ficcionais e artísticas, como a fotografia, o cinema, o teatro e a própria literatura, são locus de diálogo. Diálogo tal que não pode perder de vista a relação íntima entre a pesquisa e o ensino, visto que é, no ambiente das escolas e das universidades, que a síntese histórica ganha seus contornos e ressonâncias. Nesse sentido, o ensino de história também se configura como palco indispensável para o confronto das narrativas.
Palavras-chave: História. Narrativas. Memórias.



ST-07: CULTURA POLÍTICA E VIOLÊNCIA (S) DE ESTADO DURANTE OS REGIMES DITATORIAIS
Prof. Dr. Rodrigo Sarruge Molina (UFMA)
Prof.ª Dr.ª Sabrina Steinke (UFPI)
Prof. Mestrando Júlio Cesar Alves Pereira Nunes (UFPI)

Resumo: Este simpósio temático tem como objetivo reunir trabalhos que tratem de regimes ditatoriais no Brasil e/ou América Latina, por meio do viés da cultura política como chave analítica para compreender a complexidade de processos históricos que plasmam política e violência (s) perpetradas pelo Estado. O debate que pretendemos é o de um movimento duplo: recuperar a historicidade de eventos traumáticos ao mesmo tempo que discutimos direitos humanos. As propostas podem estar inseridas nos seguintes campos: tempo presente, memória, história pública, cultura política, história oral. As violências se entendem como todas as formas de coerção aplicadas pelos agentes estatais, tais como: sequestros, tortura, desaparecimento, morte, ocultação de corpos. E também as violências institucionais: censura, alterações na legislação, as políticas de ensino. A proposta se justifica em decorrência da atual conjuntura, onde por falta e/ou impedimento de políticas de memória muitas questões acerca do regime civil-militar ainda precisam ser respondidas, que reverbera na atual ascensão de setores sociais que reivindicam o retorno de um regime militar que interrompa a nossa democracia, ainda em processo de transição.
Palavras-chave: Regimes ditatoriais. Violência. Cultura política.



ST-08: HISTÓRIA, ARQUEOLOGIA E PATRIMÔNIO CULTURAL: DIÁLOGOS INTERDISCIPLINARES
Prof.ª Dr.ª Viviane Pedrazani (UESPI)
Prof.ª Mestranda Virginia Marques (UFPI)

Resumo: O Simpósio temático História, Arqueologia e Patrimônio Cultural, tem por objetivo aproximar e socializar de maneira interdisciplinar as experiências de pesquisa nesses diferentes campos do conhecimento. O diálogo entre a História e a Arqueologia, em especial a Arqueologia Histórica - abarcando contextos atuais e coloniais - permite múltiplas possibilidades de interações e interpretações de contextos histórico-culturais. Dentro da complexidade desses campos, o Simpósio procura contemplar um terceiro campo que tem desafiado os pesquisadores a se debruçarem sobre as perspectivas dos usos sociais do passado no que toca os processos de patrimonialização, potencializado nas últimas décadas pelas várias frentes das dinâmicas de identidade e de ampliação da memória. Assim como a História e a Arqueologia, o Patrimônio Cultural é mais uma modalidade de escrita do passado. Esses três campos possuem métodos e teorias próprias e é partindo destas especificidades que se propõem fazer um diálogo interdisciplinar, de um lado, temos a Arqueologia e a materialização da cultura: cerâmicas, artefatos líticos, estruturas arquitetônicas, ruínas, objetos e acervos arqueológicos; de outro o ofício do historiador com os usos de fontes em múltiplas dimensões. Dessa forma, interessam para o presente Simpósio pesquisas que se propõe estabelecer possibilidades forjadas por historiadores, arqueólogos e pesquisadores da área de patrimônio cultural para a produção do conhecimento histórico.
Palavras-chave: História. Patrimônio Cultural. Arqueologia.



ST-09: INSTITUIÇÕES, POLÍTICA E SOCIEDADE NO BRASIL REPÚBLICA (1889-1945): IDEAIS, EXPERIÊNCIAS E PRÁTICAS
Prof.ª Ma. Clarice Helena Santiago Lira (UFSM/UESPI)
Prof. Me. Antônio Maureni Vaz Verçosa de Melo (UERJ/UESPI)

Resumo: A implantação do regime republicano no Brasil ocorreu sem uma participação popular efetiva, o que inspirou Aristides Lobo a formular uma frase já bem conhecida pelos historiadores brasileiros através dos estudos de José Murilo de Carvalho (2002, p.9): “O povo [...] assistira a tudo bestializado, sem compreender o que se passava, julgando ver talvez uma parada militar”. O novo regime que, em tese, suscitava a ideia de uma nova organização da sociedade e de suas instituições, assim como a ampliação da cidadania para o seu povo sofreu uma série de contradições, engendrando no novo, o que muito se criticava da velha sociedade e da velha política. Nesse sentido, instituições como o Estado, a escola, a igreja, a família, as forças armadas e, grupos sociais como intelectuais, políticos, jornalistas, militares, professores, médicos, clérigos, entre outros, estarão imersos na produção, divulgação e circulação de valores que o Estado Brasileiro queria tornar consensuais, mas que se dissipava nas práticas cotidianas afastando-se da ideia de Nação, unidade nacional, identidade nacional e cidadão brasileiro formulada por ele. Como exemplo das contradições presentes no novo regime, a República significou um fortalecimento das lealdades provinciais em detrimento da lealdade nacional e até a década de 1930 não havia povo organizado politicamente nem sentimento nacional consolidado (CARVALHO, 2014). Nesse sentido, pretende-se com este simpósio discutir as várias experiências de indivíduos, grupos e instituições ao longo da primeira metade do século XX que se afastavam e/ou se aproximavam, que colaboravam e/ou se contrapunham à ideia de novo cidadão e de Nação Brasileira formulada pelo Estado Republicano no período proposto. 
Palavras-chave: República. Estado-Nação. Instituições. Sociedade.



ST-10 GÊNERO E ENSINO: PRÁTICA DOCENTE E LEGISLAÇÃO BRASILEIRA
Ma. Lorena Maria de França Ferreira (UFPI)

Resumo: A proposta do simpósio temático é discutir as relações entre gênero e ensino, a partir do diálogo com a educação e a legislação brasileira vigente. Com isso, objetiva-se refletir como o uso de matérias pedagógicos (filmes, músicas, livros e materiais digitais) e a legislação possibilitam instrumentalizar o ensino de temas ditos transversais (sexualidade, ética, pluralidade cultural, etc.), nos currículos da educação básica e, bem mais do que isso, anotar as iniciativas de produzir um sistema legal que busca inserir a categoria de gênero nos conteúdos escolares. Destarte, as metodologias empregadas são a exposição e discussão do assunto para o desenvolvimento das competências desejadas, inclusive, o levantamento de subsídios para a prática docente.
Palavras-chave: Gênero. Educação. Legislação Brasileira.




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